quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Payback nas construções públicas

Payback nas construções públicas

Por Mário Hermes Stanziona Viggiano

Para se avaliar o quanto de economia um sistema sustentável, material ou processo pode proporcionar ao ser aplicado nas construções sustentáveis, deve-se fazer a análise do período de retorno do investimento ou payback, que é o espaço de tempo compreendido entre a quitação do investimento e o término da vida útil do sistema ou produto envolvido, período esse em que o investimento gera a redução de despesas.

É obrigação dos gestores, avaliar a economicidade dos sistemas e apresentar ao ordenador de despesas os estudos de retorno de investimento para que a decisão de uso de determinada solução seja, sempre, embasada em dados técnicos e não em suposições.

Um estudo de viabilidade completo deve apresentar não só o ponto de payback, mas também as necessidades técnicas e de manutenção de todos os sistemas.

Ao especificar um material ou processo o gestor deve ter a consciência do impacto dessa compra ao longo do tempo. Muitas vezes o “menor preço” que se apresenta no momento da aquisição, não será o melhor ao longo de toda a vida útil do material ou sistema.

Consideremos o processo de compra de lâmpadas. A lâmpada “A” custa dez Reais e tem durabilidade de duas mil horas de uso. A lâmpada “B” custa trinta Reais, mas dura dez mil horas. A compra da lâmpada “B” é mais vantajosa, pois, apesar de custar três vezes mais, tem durabilidade cinco vezes maior do que a lâmpada “A”.

A economia não se resume aos processos de compra, mas também à redução do desperdício.

 


Trecho extraído do livro PROJETO DE EDIFÍCIOS PÚBLICOS SUSTENTÁVEIS, que pode ser baixado gratuitamente em:

https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/562746

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