O Plano de Logística Sustentável (PLS) é um instrumento de gestão e planejamento que atua sobre as ações socioambientais da instituição, fazendo com que se tenha uma visão sistêmica de todas as ações de sustentabilidade não só de projetos, reformas e construções, mas também da pós-ocupação, das relações com os ocupantes e os visitantes, das compras e da economia diária no consumo de insumos e da emissão de produtos, tais como resíduos, esgoto e gases do efeito estufa.
A adoção do PLS tende a ser obrigatória em toda administração pública e, segundo o Decreto 7.746 de 5 de junho de 2012, deverá conter, no mínimo:
I – Atualização do inventário de bens e materiais do órgão e identificação de similares de menor impacto ambiental para substituição;
II – Práticas de sustentabilidade e de racionalização do uso de materiais e serviços;
III – Responsabilidades, metodologia de implementação e avaliação do plano; e
IV –
Ações de divulgação, conscientização e capacitação.
O PLS deve ser moldado de acordo com o funcionamento e as particularidades de cada instituição, e a escolha dos eixos temáticos e ações deve refletir as potencialidades concretas de sua implantação.
Uma estratégia eficiente para a gestão total das emissões de gás carbônico da instituição se deve principalmente à existência de um PLS.
Através das ações coordenadas do Plano, a instituição pode chegar a um potencial máximo de redução do impacto de suas atividades.
A partir desse limite máximo, no qual se torna inviável a redução sem prejudicar a eficiência dos processos e do trabalho cotidiano, pode-se iniciar o plantio de árvores para absorver o gás carbônico que foi emitido por todas as atividades essenciais e que não puderam ser reduzidas. A absorção das emissões da instituição pode ser feita a partir da formulação de um PAGEE (Plano de Absorção de Gases de Efeito Estufa).
A montagem de um PLS envolve o estabelecimento dos Eixos Temáticos, que são grupos de Ações.
Um Plano de Logística Sustentável básico deve conter, pelo menos, os seguintes eixos temáticos:
1. Material de consumo;
2. Energia elétrica;
3. Gestão da água;
4. Gestão de resíduos;
5. Compras e contratações;
6. Deslocamento de pessoal;
7. Qualidade de vida. (ABUD,
2018).